Gabriela S. Lima1
1Aluna de nível superior do Centro
Universitário Luterano de Manaus, em 2015. agathasanti_@hotmail.com; 2Professor
do Centro Universitário Luterano de Manaus, em 2015. evandrobb@ibest.com.br.
Mesmo sendo o brincar uma atividade
também presente na vida adulta, e na infância que ele se inaugura, é na
infância que ele promove a realização dos fenômenos mais significativos para o
indivíduo na busca do seu eu. A pratica da brincadeira proporciona à criança um
conforto e um diálogo do mundo externo com o mundo interno, criando uma área
própria para o brincar.
Os jogos, as brincadeiras e as
brinquedotecas não ficam restritos somente ao mundo das emoções e das
sensibilidades, mas também exercita a inteligência para a evolução do
pensamento e de todas as funções mentais; o desenvolvimento das atividades
lúdicas deve-se também aos brinquedos, que são objetos facilitadores, despertadores
da curiosidade, da imaginação e da inventividade.
É como um instrumento para a
satisfação das necessidades, que as brincadeiras vão surgindo no convívio da
criança com a realidade. Desde muito pequena a criança se depara com um mundo
objetivo; constrói sua identidade enquanto brinca. Por exemplo, em uma situação
de faz de conta, na qual a criança brinca de mamãe e filhinha, ela utiliza regras
que vivencia no seu cotidiano de filha. Para que sua brincadeira seja legítima,
a criança é capaz de revelar nas brincadeiras a sua própria realidade no seu
mundo imaginário (SANTOS, 2006). E nesse mundo de fantasias, as crianças se tornam
em pessoas adultas para fazer ou resolver algo que elas podem resolver por
serem crianças. De forma elucidativa, Santos (2006) esclarece que, enquanto a
criança brinca, “seu medo, angustia e inseguranças são, nesse momento,
recriados a seu modo” (p.91). Portanto, a brincadeira expõe a criança às suas
realidades somente conhecidas por elas mesmas e assim aprendem como conviver e
lidar com elas, sem que seja no mundo real.
As brincadeiras não exigem
necessariamente brinquedos físicos ou eletrônicos; contar ou ler histórias com as
crianças, por exemplo, pode se constituir em brincadeira, para isso é preciso estar
atento porque, como afirma Nascimento (2014), “o momento da história,
independente da forma como é lida ou contada, deve estar sempre associada à
brincadeira, ao encantamento, à fantasia e ao prazer que só uma história bem
contada é capaz de proporcionar” (p.30). Brincar de contar histórias é mais uma
opção de inventar brincadeiras que educam para a vida, pois as histórias são
experiências, são ideias; e esse poder de narrar o real e o irreal é um
brinquedo antigo a ser resgatado.
REFERÊNCIAS
NASCIMENTO, Patrícia Edivânia
Rodrigues do. Literatura e Infância: Um relato de experiência. Trabalho de
Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Pedagogia da UEPB – Universidade Estadual
da Paraíba, em 2014, no Campus I, sob a orientação da professora Dra. Maria do
Socorro Moura Montenegro. Disponível em: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/7949/1/PDF%20-%20Patr%C3%ADcia%20Ediv%C3%A2nia%20Rodrigues%20do%20Nascimento.pdf.
Acesso em 29/11/2015.
SANTOS, Santa Marli dos. Brinquedo e
infância: um guia para pais e educadores em creche. Petrópolis: Vozes, 2006.